Entrevista em duas partes, com o mestre Alan Moore. Eis a primeira parte:
Moore tornou-se popular, entre dezenas de outras obras, ao criticar a extrema direita em V de Vingança. Depois, explorou as intrigas políticas da Guerra Fria em Watchmen, mostrou o coração negro e as diferenças sociais da Inglaterra Vitoriana em Do Inferno, fundiu a ficção fantástica e as aventuras do século XIX em A Liga dos Cavaleiros Extraordinários e, mais recentemente, concluiu uma obra íntima e controversa, Lost Girls, que alça a pornografia (Moore prefere a palavra à mais recatada "erotismo") a status de arte.
Lost Girls, escrita ao longo de 16 anos com uma artista que acabou tornando-se sua esposa, Melinda Gebbie, junta três personagens da fantasia clássica dos séculos XIX e XX: Dorothy, de O Mágico de Oz, Alice, de Alice no País das Maravilhas, e Wendy, de Peter Pan. As três se encontram em um pequeno hotel art noveau na Áustria em 1916 e relatam suas iniciações sexuais. O resultado é uma obra que mistura análise política do século passado, a vida pessoal das personagens, pressões sociais, arte, pintura, música e literatura, com muito, muito sexo.
Clique aqui para continuar lendo.