Feira do Livro
Eu sei, eu sei. É tradicional, em Porto Alegre. Todos os anos. Há anos. Lá por outubro, novembro, o centro da capital do RS se transforma pra receber autores, críticos, editoras, e principalmente leitores. Ou, diria eu, consumidores. A maioria, diria eu, compra pra não ler; pra mostrar na estante de casa.
O fato é que faz uns 2 anos que eu não separo um tempo e uns dinheiros pra ir à feira. Nas últimas investidas achei preços muito idênticos aos das lojas, nem parecia desconto. Não fiquei feliz com o investimento, afinal, se há feira, gostaria de pagar menos. E encontrar mais variedade.
Bom, tem os sebos, com livros baratos. Dá pra ajeitar aquela mesa da sala que tá meio capenga.
A correria pelos livros baratos, velhos e mal cuidados é cansativa demais. Pode ser que eu esteja ficando velho e ranzinza, mas bem que poderia ser melhor estruturada e organizada essa visita.
Enfim.
Não é porque é daqui que eu falo mal. Não é pra falar mal, é pra mostrar meu descontamento com a mesmice e a desorganização. Quer idéias pra melhorar?
Não é porque é na Europa que é melhor. Afinal nem conheço. Mas o que rola lá, poderia funcionar muito bem aqui.
Reino Unido e Irlanda comemoraram dia 1º de março o Dia Mundial do Livro, com atividades de incentivo à leitura. Rola distribuição de vales-desconto, material pra escolas e pré-escolas. Livros baratos mesmo, inclusive novos e interessantes, e não meros manuais caquéticos sobre .
Aí tá a dica, então. Ao invés de fazer um auê com o patrono e com sessões de autógrafos vazias, que tal investir nisso? Até porque aqui a grana é bem mais curta que lá...
Em tempo, lembro de uma idéia que pintou por aqui, mas foi muito mal aproveitada: troca de livros. Deixar um livro em algum lugar da cidade, pra ser encontrado por alguém que possa aproveitar também, e melhor. E encontrar algum livro bacana por aí.
... no fim, acho que venderam tudo como papel velho.
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